MODERNISMO CRITICO De acordo com Viollet-le-Duc (1863-1872), Teoria corresponde ao conjunto de regras e tradições, ligadas à ciência, à sociedade e à História, que a Arquitectura enquanto arte da construção, deve expressar através da prática. A Arquitectura tem uma estrutura profunda ligada ao próprio discurso arquitectónico que inclui narrativas, processos, referências e materiais.
A arquitectura tem restrições económicas que podem colocar em causa a sua própria existência e aceitação pública. Num mundo global de pós Crise (2007-2008) a arquitectura deve comunicar para fora do seu próprio quadro de referência validando a sua existência como uma arte pública, politica e social que procura o progresso democrático. O progresso tem vários significados: tecnológico, social, politico, económico e cultural (Jencks, 2007).
A Cidade da Cultura da Galiza (1999-2011), do arquitecto Peter Eisenman, é um exemplo pós-moderno de arquitectura Desconstrutivista, fora de harmonia com o espirito do seu tempo afectado por crises financeiras, politicas e sociais. A análise da História revela que uma das razões que conduziu à Revolução Francesa (1789-1799) foi o excessivo dispêndio do erário público, canalizado para financiar a exuberância da arquitectura tardo Barroca. Os períodos críticos sempre foram propulsores de progresso (Marc Bloth and Lucien Febvre, 1929). A questão que a exposição procura responder é: O que é arquitectura do Povo, pelo Povo, para o Povo?
A exposição é composta por três momentos: Teoria, Prática e Politica. Os três concursos Públicos compõem a componente prática. São exemplos de uma reflexão crítica sobre o seu tempo e assentam da teoria de Charles Jencks (2007). Os projectos exploram os cinco princípios genéricos defendidos pelo autor: Assuntos Externos; Iconografia Relevante; Superação de Uso; Multivalência; e Honrando pela Critica. A Teoria está representada através de uma Cronologia que funciona como hipertexto da História, também ele relacionado com os projectos. A Politica surge como uma reflexão critica sobre o momento actual, entendida como um contributo cívico.
Organização Ana de Bastos
Filipe Xavier Oliveira
Miguel Meirinhos
Nuno Freitas
Pedro Lopes