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Debate – Le Corbusier, os Arquitectos e os Livros
05.11.2015
16 de Novembro 2015
18h30
Auditório do Museu da Electricidade
Lisboa
ENTRADA LIVRE
A Livraria A+A, a propósito das comemorações do seu 20º aniversário, e no ano em que se celebra o cinquentenário da morte de Le Corbusier, promove um evento com a coordenação científica de Marta Sequeira e Maria Candela Suárez, que consiste na criação de um palco de discussão alargada entre alguns dos mais prestigiados especialistas na obra corbusiana, bem como alguns dos mais importantes arquitectos contemporâneos, sobre a relação entre a produção arquitectónica e os livros.

Le Corbusier (La Chaux-de-Fonds, 1887, Cap Martin, 1965) é essencialmente reconhecido como arquitecto e pintor, apesar de se auto intitular, desde a sua juventude e no seu próprio bilhete de identidade, como “homme de lettres”. Até agora, e apenas com algumas excepções parciais, a grande maioria dos estudos acerca deste autor tem desconsiderando largamente a sua relação com os livros, essencial para o entendimento da sua obra. Em particular, tem-se desvalorizado a sua faceta de amante de livros – sendo que a sua biblioteca pessoal, conservada pela Fundação Le Corbusier, contém cerca de 1600 livros extensamente sublinhados e anotados, de autores vários –, bem como a sua produção escrita e editorial – sendo que chegou a produzir trinta e cinco livros completos (para além de várias reedições e traduções, artigos, conferências e textos inacabados). Do mesmo modo, e 50 anos passados após o desaparecimento deste arquitecto, poucos têm sido os estudos sobre a relação, em geral, entre a produção arquitectónica e os livros.

BREVES BIOGRAFIAS DOS INTERVENIENTES

Álvaro Siza Vieira

Arquitecto português nascido em 1933, em Matosinhos. Iniciou a sua vida profissional em 1955, depois de se ter formado na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. O seu talento artístico foi reconhecido mais rapidamente no estrangeiro do que em Portugal, especialmente através da atribuição de obras como a recuperação do bairro judeu de Veneza e do bairro Kreuzberg, em Berlim. Actualmente é docente da Faculdade de Arquitectura do Porto. Entre as suas obras mais inovadoras na época, destacam-se a Casa de Chá da Boa Nova e a Piscina de Leça da Palmeira, a Igreja de Marco de Canaveses, a Agência do Banco Pinto & Sotto Mayor, em Oliveira de Azeméis, e ainda centros de arte moderna em vários países europeus, como o Centro Galego de Arte Contemporânea e a Faculdade de Jornalismo, ambos em Santiago de Compostela. Siza Vieira dirigiu a reconstrução da zona do Chiado, em Lisboa, a construção da Faculdade de Arquitetura do Porto e foi responsável pelo plano arquitectónico para a construção do Museu de Arte Contemporânea do Porto. Posteriormente, foi o responsável pela proposta do Pavilhão de Portugal da EXPO’98 e foi convidado pelo Papa João Paulo II para o projecto de uma igreja no Vaticano. Paralelamente a estas obras mais prestigiadas, Siza Vieira desenvolveu, nos anos do pós-Vinte e Cinco de abril, uma acção a nível da habitação social, designadamente no Porto, liderando intervenções que visavam integrar zonas degradadas na vivência arquitectónico-paisagística da cidade. Os prémios que lhe foram atribuídos em 1988, pelas fundações Alvar Aalto e Mies van der Rohe, coroados em 1992 pelo Prémio Pritzker da Fundação Hyatt, de Chicago, considerado o equivalente a um Nobel, são a expressão maior da chegada de Siza Vieira ao “topo”. Em Portugal, recebeu o Prémio Secil de Arquitectura pela primeira vez em 1996, pela recuperação do Edifício Castro e Melo, na zona do Chiado, e pela segunda vez em 2000, entregue pelo Presidente da República, pelo projecto da Faculdade de Ciências da Informação de Santiago de Compostela. Recebeu também o Prémio da Bienal de Veneza, a Medalha Internacional das Artes 2002, atribuída pelo Governo Regional da Comunidade de Madrid, ao projecto de revitalização do centro da cidade de Madrid, e as Chaves da Cidade do Porto, pelo sucesso da sua carreira, entregues pelo Presidente da Câmara, Rui Rio, a 10 de Fevereiro de 2005. * * excerto de Infopédia

João Luís Carrilho da Graça
Carrilho da Graça (Portalegre, 1952) é arquitecto, licenciado pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1977, ano em que iniciou a sua actividade profissional. Foi nomeado e/ou seleccionado para o prémio europeu de arquitectura Mies van der Rohe (1990, 1992, 1994, 1996, 2009, 2011, 2013). Foi distinguido pela Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa com o Prémio Secil de Arquitectura (1994), pelo Pavilhão do Conhecimento dos Mares com o Prémio Valmor (1998) e o prémio FAD (1999), pela Escola Superior de Música de Lisboa com o Prémio Valmor (2008), pela musealização da área arqueológica da Praça Nova do Castelo de São Jorge com o Piranesi Prix de Rome (2010), pela Igreja de Santo António em Portalegre com o Prémio Internacional de Arquitectura Sacra Frate-Sole (2012) e pela Ponte Pedonal sobre a Ribeira da Carpinteira com o Ait Award 2012 – Transportation (2012). Ao conjunto da sua obra foram atribuídos diversos prémios, nomeadamente: Prémio AICA – Associação Internacional dos Críticos de Arte (1992), Ordem de Mérito da República Portuguesa (1999), Prémio Pessoa (2008), título de Chevalier des Arts et des Lettres pela República Francesa (2010), Medalha da Académie d’Architecture de França (2012). Foi Assistente na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1977-1992). Foi Professor Catedrático Convidado na Universidade Autónoma de Lisboa (2001-2010) e na Universidade de Évora (2005-2013), tendo sido coordenador dos departamentos de Arquitectura em ambas as instituições até 2010. Foi responsável pela criação do Doutoramento em Arquitectura na Universidade de Évora e foi director deste curso (2011-2013). Foi Professor Visitante da Escuela Técnica Superior de Arquitectura de la Universidad de Navarra (2005, 2007, 2010 e 2014) e na College of Architecture, Art, and Planning na Cornell University, em Nova Iorque (2015). É Professor Catedrático Convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa desde 2014. Tem sido convidado para seminários e conferências em diversas universidades e instituições internacionais. Em 2013 recebeu o grau de doutor Honoris Causa pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa.

Juan Calatrava Escobar
Doutor em Filosofia e Letras. Catedrático de História de Arquitectura na Escola Técnica Superior de Arquitectura de Granada, onde foi Director de 2004 a 2010. As suas investigações centram-se na Teoria e Historiografia da Arquitectura, com obras como Las Carceri de G. B. Piranesi (1986), G.B. Piranesi. De la Magnificencia y Arquitectura de los Romanos (1998), La teoría de la Arquitectura y las Bellas Artes en la Encyclopédie de Diderot y d’Alambert (1992), Arquitectura y cultura en el Siglo de las Luces (1999), Estudios sobre Historiografía de la Arquitectura (2005), La ciudad: paraíso y conflicto (2007), Le Corbusier: Museo y Colección Heidi Weber (Comisario de la exposición, 2007), Doblando el ángulo recto. Siete ensayos en torno a Le Corbusier (2009), Arquitectura escrita (2010), Arquitectura y cultura contemporánea (2010), Jardín y paisaje. Miradas cruzadas (2011). Foi comissário de exposições como Francisco Sabatini, 1721-1797. La arquitectura como metáfora del poder (1993), Vivir las ciudades históricas (1997) Le Corbusier y la síntesis de las artes. El Poema del Ángulo Recto (2006), El Poema del Ángulo Recto de Le Corbusier (2009), Owen Jones y la visión decimonónica del arte islámico (2013). Foi conferencista em Espanha, França, Itália, Suíça, México, Berlim ou Marrocos. Membro da comissão científica do congresso LC 50 years later.

Jorge Torres Cueco
Doutor Arquitecto. Catedrático e Director do Departamento de Projectos Arquitectónicos na Universidade Politécnica de Valencia, onde leccionou cursos de doutoramento sobre “Le Corbusier y su tiempo”. Obteve bolsas de estadia no estrangeiro (Facoltà di Architettura del Politecnico di Milano e Fondation Le Corbusier em Paris). Dirige InPAr_Grupo de Investigación en proyectos Arquitectónicos. Entre as suas publicações figuram Grup R (1994), Le Corbusier. Visiones de la técnica en cinco tiempos (2004), Casa por casa. Reflexiones sobre el habitar (coordenador, 2009), Le Corbusier. Mise au point (coordenador, 2012) e Pensar la Arquitectura: “Mise au Point” de Le Corbusier (tradução e ensaio, 2014). Participou em múltiplas obras colectivas, como La ciudad moderna. Arquitectura racionalista en Valencia (1998), a redacção de Dizionario dell’architettura del XX secolo (Seis volumes, 2000-2001), Toyo Ito. Arquitecturas en el bosque de los medios (2004), Tapiola. DPA 22 (2006), Guía de arquitectura de la ciudad de Valencia (2007), Conversaciones de interior (2011) e Massilia 2013. Le Corbusier. Ultimes pensées/derniers projets – 1960-1965. (2014). Foi comissário de exposições como Estudio Albini (1988 e 1989), Luis Gutiérrez Soto (1999) Grup R. Una revisión de la modernitat. 1951-61 (1997). Actualmente prepara a exposição Le Corbusier en Moscú (2015). Foi director do Comité Organizador e Presidente do Comité Científico de Mise au Point Le Corbusier. Seminário Internacional sobre Investigação na área de Projectos Arquitectónicos. Valencia, 2011. Recebeu diversos prémios em concursos de arquitectura. Coordenador da comissão científica do congresso LC 50 years later.

María Candela Suárez
Arquitecta pela Universidad Nacional de Mar del Plata (1999) e Doutora pelo Departamento de Projectos Arquitectónicos da ETSAB, UPC (2007). Professora Auxiliar convidada (Mestrado Integrado em Arquitectura das Universidades Lusíada do Porto e Fernando Pessoa, onde lecciona o Seminário I – “Le Corbusier, rascunho e passado a limpo”). Professora Auxiliar convidada no Mestrado Integrado em Arquitectura e no Doutoramento em Arquitectura da Universidade da Beira Interior (2008-2012). Foi docente e oradora em Espanha, Portugal, Argentina, Suíça e Estados Unidos da América. As suas investigações – centradas na análise crítica da arquitectura doméstica de Le Corbusier e no seu processo criativo – foram financiadas, entre outras bolsas internacionais, com a Bourse de Recherche pour Jeunes Chercheurs (Fondation Le Corbusier de Paris, 2003-2004). A sua produção científica encontra-se em capítulos de livros e artigos (Massilia, Le Corbusier Plans, Le Corbusier Plans: Impressions, entre outros). Participou na edição do documentário “Le Corbusier en la India: Ahmedabad y el Capitolio de Chandigarh” (Fundación Caja de Arquitectos de España) e foi colaboradora para a exposição e livro-catálogo Le Corbusier et le livre (Col·legi d’Arquitectes de Catalunya). Realizou uma investigação por encomenda privada sobre a Unité d’Habitation à Marseille para a produção do conjunto de maquetas expostas na Cité de l’architecture de Paris). Actualmente prepara uma edição crítica da Polychromie Architecturale de Le Corbusier, em espanhol e português, com uma introdução de Arthur Ruegg. Membro da comissão científica do congresso LC 50 years later.

Marta Sequeira
Obteve a Licenciatura em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (2001), o Diploma de Estudos Avançados em Projectos Arquitectónicos (2005) e o Doutoramento em Projectos Arquitectónicos pela Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona da Universidade Politécnica da Catalunha (2008). Ganhou, com a sua tese de doutoramento, o concurso Textos Universitários de Ciências Sociais e Humanas 2009, da Fundação Ciência e Tecnologia, e o ICAR-CORA Prize for the best doctoral thesis, atribuido pelo International Council for Research in Architecture. Encontra-se neste momento a realizar a sua investigação de pós-doutoramento, com o título Le Corbusier e o projecto immeuble-villas. Etimos de uma habitação moderna, orientada por Jean-Louis Cohen e Jorge Spencer, sediada no Centro de Investigação em Arquitectura Urbanismo e Design da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa e financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. É investigadora no Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design da Universidade de Lisboa (desde 2014) e no Centro de História de Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora (desde 2008), e Professora Auxiliar da Universidade de Évora (desde 2008), onde dirigiu o Departamento de Arquitectura (2011 e 2012). Proferiu conferências e foi autora de vários textos publicados em Portugal, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Colômbia, Brasil, Argentina e Estados Unidos da América. Destaca-se Para um espaço Público. Le Corbusier e a tradição grecolatina na cidade moderna, publicado pela Fundação Calouste Gulbenkian, cuja edição em inglês, revista, expandida e editada pela Ashgate, está actualmente em preparação. Foi correspondente em Portugal de DC papers (2011-2012), e é actualmente membro do conselho editorial do Journal of Architecture and Urbanism (desde 2014) – onde se encontra a preparar, como editora convidada, um número especial sobre Le Corbusier – e do conselho editorial de DEARQ Journal of Architecture (desde 2015), e membro da equipa de revisão paritária do International Journal of Architectural Heritage (desde 2014). Membro da comissão científica do congresso LC 50 years later.

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