A Ordem dos Arquitectos endereça sentidas condolências à família e amigos do Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles. Gonçalo Ribeiro Telles morreu esta quarta-feira, aos 98 anos, o arquitecto paisagista, também político e professor universitário, que, possivelmente, os portugueses mais associam à defesa de um ambiente de qualidade enquanto quadro de vida para os cidadãos.
Num curto depoimento na Antena 1, pelas 23h de hoje, Gonçalo Byrne referiu o importante legado que deixa, também a nível internacional, considerando o seu contributo crítico, teórico e inovador a nível da paisagem e, em particular, da paisagem urbana.
Pioneiro de um pensamento que projectou em várias escalas, podemos considerá-lo um dos precursores do espírito do "Pacto Ecológico Europeu"(
Green Deal), um plano de acção da Comissão Europeia para promover a utilização eficiente dos recursos através da transição para uma economia limpa e circular e restaurar a biodiversidade.
Todos o recordaremos através do seu exercício profissional como arquitecto paisagista de que, em
notícia datada de hoje, a Fundação Calouste Gulbenkian, salienta:
Mata de Alvalade (1951-1955); Plano de Urbanização da Quinta Grande em Oeiras (1953); Ajardinado da Avenida D. Rodrigo da Cunha (1953); Bairro das Estacas (1953); Enquadramento da Capelinha de São Jerónimo (1953-1959); Alfama e Castelo – Enquadramento Verde (1953-1959); jardim da Fundação Calouste Gulbenkian (1959-1969); Shell Banática – Integração e Valorização Paisagística (1963); Pedreira da Tijocal (1963); Estudo Geral do Enquadramento Paisagístico do Vale da Ribeira de Algés (1967); Prainha – Três Irmãos Revisão do Plano de Urbanização (1969); Plano Integrado de Almada (1971-1976); Jardim na mata dos Medos (1994).
A Ordem dos Arquitectos atribui-lhe o título de membro honorário em 2002.
O Governo decretou um dia de luto nacional, na quinta-feira 12 de Novembro, pelo seu desaparecimento.