Em artigo-entrevista de Catarina Ferreira, publicado na secção “Cultura” do Jornal de Notícias de 13 de setembro, Paula Santos, vice-presidente do Conselho Diretivo Nacional, afirmou que “se tem batido por uma participação alargada da sociedade” na discussão para os estímulos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “uma vez que prevê que 60% do investimento necessita de arquitetos”.
Defende que exista uma discussão muito grande que envolva todos os setores da sociedade. Para combater a pobreza energética do País, e nos termos dos
contributos que a OA apresentou na consulta pública do PRR, sugere
um programa de manutenção de edifícios no âmbito da reabilitação urbana para
tornar o parque edificado mais resiliente.
Assegura que a promoção da sustentabilidade do projeto e da construção,
contribuindo para as metas das alterações climáticas e do pacto ecológico europeu, não pode ser servida pela
lei perpetuada pelo Estado nos concursos públicos, em que ganha aquele que tiver o projeto com o custo mais baixo porque
não serve a qualidade do projeto e edificado, logo não serve o Estado e o setor público.
Num quadro de ausência de tabela de honorários, obsolescência do RGEU, falta de dotação orçamental e de estrutura funcional para implementação da Política Nacional de Arquitetura e Paisagem – entre outros assuntos abordados na conversa, a
OA, com novas secções regionais, novos colégios em formação e comissões técnicas de habitação e de sustentabilidade, está
disponível para a discussão das políticas para a construção do país do futuro.