O Presidente foi convidado a dar resposta a algumas questões de Cláudia Sargento na edição especial “Imobiliário e Reabilitação Urbana” de Negócios em rede, a publicação digital do Jornal de Negócios de 25 de janeiro.
Gonçalo Byrne sublinhou que
face aos grandes temas da atualidade, as alterações climáticas e a situação de incerteza gerada pela pandemia,
o mercado imobiliário e o mundo da construção podem contar com os arquitetos.
Estes profissionais devem participar do processo de procurar novas possibilidade de materiais e processos construtivos, como a prefabricação e a digitalização da construção, sem negligenciar a qualidade construtiva e arquitetónica e a sustentabilidade.
“É necessário criar programas e instrumentos para investir na durabilidade da construção e reduzir o desperdício de materiais e mão-de-obra.”
Gonçalo Byrne destacou a importância de convocar a questão da durabilidade e da qualidade da construção, que não pode ser entendida como um mero cumprimento de metas quantitativas. Referiu que “A promoção de uma
estratégia de reconhecimento e qualificação da arquitetura é essencial para obter um território nacional, natural e construído, equilibrado, resiliente e sustentável.”
Perante os grandes desafios atuais, como aqueles que estão em linha com os objetivos do
Plano de Recuperação e Resiliência, “esse colossal pacote de obras públicas que coloca um enorme investimento na resposta às necessidades ao nível da habitação”, e o
Green Deal ou
Pacto Ecológico Europeu,
a renovação dos edifícios, públicos ou privados, “é uma iniciativa-chave para impulsionar a eficiência energética no setor e cumprir os objetivos de descarbonização.
A qualidade da intervenção é essencial para melhorar a qualidade de vida”.
O interesse constitucional por um correto ordenamento do território, um urbanismo de qualidade,
a promoção da qualidade de vida e pelo direito à arquitetura, no quadro das suas missões estatutárias, por delegação do Estado, têm conduzido a Ordem dos Arquitectos a estar atenta e a participar “em todas as iniciativas legislativas e documentos estruturantes na resposta à crise pandémica”, contando, para o efeito, com
comissões de especialistas nas áreas de sustentabilidade, habitação e transição digital que apostou em constituir.