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A piscina e um dos edifícios exteriores do Ozadi Tavira Hotel, cuja renovação valeu o prémio FAD a Pedro Campos Costa Aspeto interior do Ozadi Tavira Hotel
Pedro Campos Costa ganha prémio FAD de arquitectura
03.07.2015
Deram-lhe um hotel antigo e degrado para salvar, ele devolveu um hotel reabilitado e contemporâneo - mas sem desrespeitar a identidade do espaço. Fê-lo com “inteligência e sensibilidade”, diz o júri do prémio mais importante de arquitetura da Península Ibérica. Prémio que é dele, português

Não ter entrado na Escola Superior de Cinema valeu ao país menos um realizador, mas mais um arquiteto. "Achei sempre que iria ser cineasta", conta Pedro Campos Costa ao Expresso na noite em que recebeu em Barcelona o prémio FAD de arquitetura deste ano - Carrilho da Graça e Souto de Moura já o venceram.

A renovação do Ozadi Tavira Hotel foi o objeto distinguido. Trata-se de um hotel dos anos 60 que era preciso reabilitar e tornar contemporâneo, sem desvirtuar a sua identidade. O júri premiou a "inteligência e sensibilidade" com que o projeto foi feito, mantendo o caráter do espaço.

Havia 340 candidatos ao FAD, 37 tornaram-se finalistas - incluindo nove portugueses. Pedro Campos Costa, arquiteto há 19 anos e 43 de vida, foi o eleito: é uma distinção bem-vinda numa altura particularmente difícil em Portugal para esta disciplina.

"É sempre bom ganhar prémios numa área tão difícil como a arquitetura. É um incentivo a continuar, que nos diz que estamos na direção certa", diz ao Expresso. "A arquitetura é uma atividade de maratonistas" - tendo a crise em Portugal obrigado os arquitetos a adaptar-se e a tornar-se mais interdisciplinares.

Nos intervalos dos longos prazos dos projetos de arquitetura, Campos Costa aperfeiçoou-se na cenografia, no design, na produção. Sobre o Ozadi Tavira Hotel, conta que "foi um exercício complicado". Era importante fazer mais do que um "facelift" ao hotel dos anos 60, que estava muito degradado. Manter o seu caráter, aliando-o ao contemporâneo, e assegurar funcionalidades turísticas e de conforto foram os principais desafios. A zona da piscina é uma das que se destaca. O hotel, de 77 quartos, reabriu no verão de 2014 com grande sucesso.

Este não é o primeiro prémio que Campos Costa ganhou ao longo da sua carreira de arquiteto. Do seu currículo constam a coordenação do Pavilhão de Portugal em Veneza (que pela primeira vez integrou o "top ten" da crítica dos curadores) ou a extensão do Oceanário, em 2011.

Ser arquiteto nunca esteve nos planos de Campos Costa. Depois de seguir Artes no Liceu, falhou a entrada na Escola Superior de Cinema e virou-se para o curso de Arquitetura, no Porto. Finda a licenciatura, trabalhou quatro anos na Holanda em vários ateliers. Regressado a Lisboa, ingressou no Promontório, onde esteve sete anos até abrir o seu próprio atelier, em 2007. É com a Campos Costa Arquitectos que vence este prémio ibérico, existente desde 1958.

Fonte: Expresso on-line


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