Crítica internacional de arquitectura distingue Carrilho da Graça e André Tavares
O catálogo da exposição
Carrilho da Graça: Lisboa e a obra de André Tavares
Uma Anatomia do Livro de Arquitetura foram hoje distinguidos com duas menções honrosas pelo Comité Internacional de Críticos de Arquitectura (CICA).
Carrilho da Graça: Lisboa, das curadoras Marta Sequeira e Susana Rato, que acompanhou a exposição inaugurada em 2015 na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, recebeu uma menção honrosa do Prémio Internacional Julius Posener, dedicado a catálogos de arquitectura, de acordo com o comunicado do CICA hoje divulgado.
A edição inglesa da obra de investigação de André Tavares
A Anatomia do Livro de Arquitetura (
The Anatomy of the Architectural Book), editada pelo Centro Canadiano de Arquitectura, com as publicações Lars Müller, de Zurique, foi também recomendada pelo júri do CICA, no âmbito do Prémio Internacional Bruno Zevi do livro de arquitectura.
O vencedor do prémio Julius Posener foi o catálogo da mostra
Demo:Polis -- The Right to Public Space, da Academia das Artes de Berlim e da Escola de Arquitectura da Universidade do Texas, coordenado por Barbara Hoidn, com edição da Park Books, de Zurique.
O prémio Bruno Zevi foi atribuído ao professor britânico Chris Abel, pelo ensaio
The Extended Self -- Architecture, Memes and Minds, publicado pela Manchester University Press. André Tavares partilha as menções honrosas com William Curtis, por
Le Corbusier -- Ideas and Forms, publicado pela Phaidon, e Charlie Q.L. Xue, autor de
Hong Kong Architecture 1945-2015 -- From Colonial to Global, da editora Springer, de Singapura.
Foi ainda atribuído o prémio de jornalismo Pierre Vago à edição
Perspecta #49, do Jornal de Arquitectura da Universidade de Yale, Estados Unidos, publicado pela MIT Press.
Os livros
Uma Anatomia do Livro de Arquitetura e
Carrilho da Graça: Lisboa foram publicados em Portugal pela Dafne e partilham o nome do arquitecto André Tavares como editor.
André Tavares foi curador da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2016, com Diogo Seixas Lopes (1972-2016), e venceu a 10.ª edição do Prémio Fernando Távora, com a proposta
Ruínas, ou do Livro de Arquitetura.
Carrilho da Graça: Lisboa esteve patente no CCB de 22 de Setembro de 2015 a 14 de Fevereiro de 2016 e entrou em itinerância internacional no ano passado, tendo já mobilizado mais de 80 mil visitantes, em instituições da Colômbia, Brasil, Espanha e Uruguai.
Neste momento, a mostra pode ser vista no Convento de Cristo de Tomar, até ao próximo dia 15.
O catálogo
Arquitetura em concurso -- Percurso Crítico pela Modernidade Portuguesa, de Luís Santiago Batista, que acompanhou a exposição inaugurada no CCB e na Ordem dos Arquitectos, em 2016, também foi finalista do Prémio Internacional Julius Posener.
O júri dos prémios CICA 2017 foi constituído pelos professores de arquitectura Joseph Rykwert (Estados Unidos), Manuel Cuadra (Alemanha), Sengul Oymen Gur (Turquia), Xiangning Li (China) e Louise Noelle (Mexico).
Os prémios distinguem edições livreiras (Bruno Zevi), catálogos de exposições (Julius Posener) e peças de jornalismo na área da arquitectura (Pierre Vago) e os vencedores foram este ano anunciados durante o Simpósio Internacional do CICA, a decorrer em Seul, na Coreia do Sul.
Fonte: RTP